sábado, 8 de novembro de 2008

Audiência em Caetité é marcada por dúvida

A audiência pública convocada pela Regional Guanambi do Ministério Público federal (MPF), ontem, no auditório da Rádio Educadora Santana de Caetité, foi marcada por muitas dúvidas e cobrança de providências diante da confirmação de contaminação por urânio da água servida à comunidade da Vila de Juazeiro. "Quero saber por que alguns animais, como bezerros, nasceram sem patas e sem cabeça e pintos nascem com as patas viradas desde que a "urana" (urânio) chegou na Vila de Juazeiro", ingadou o motorista Antenor Chagas, sem esconder preocupação com a repercussão das denúncias.Assim como ele, dezenas de moradores da zona rural e da sede se revezaram em perguntas às autoridades presentes. Em meio a denúncias de negligência da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), estatal federal e da falta de assistência das autoridades ambientais, como a falta de carros-pipa para abastecimento das famílias atingidas, mais de 1,2 mil pessoas lotaram as dependências internas e externas do local. Além de ambientalistas e representantes da Pastoral do Meio Ambiente, elas participaram da audiência pública com a presença de representantes do Ibama, Instituto de Gestão e Clima das Águas (Ingá), Greenpeace e INB, que nega denúncias.
fonte:jornalatarde

Fonte de contaminação por urânio na Bahia pode ser revelada em dezembro

O minério foi encontrado em concentração cinco vezes maior.Pesquisa dirá se a contaminação é natural ou proveniente da estatal INB.
Daqui a um mês sairá a conclusão definitiva da pesquisa sobre a causa da contaminação de poço artesiano da região de Caetité, na Bahia. Os resultados divulgados detalhadamente nesta sexta-feira (7) não indicam se foi provocada pela atividade de mineração da estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB) ou se é natural devido à presença do urânio no solo da região, segundo o Instituto de Gestão das Águas e Clima (Ingá). O relatório é divulgado na cidade baiana em audiência pública promovida pelo Ministério Público Federal. Também foram encontrados outros metais pesados na água -- em menor concentração -- como chumbo, ferro e alumínio. O Ingá afirma que serão realizados estudos de avaliação sobre o fluxo da água subterrânea a partir do mapeamento geológico da região -- incluindo a pesquisa de rios, lagoas, barragem e águas subterrâneas. Os resultados preliminares da análise laboratorial apontaram que, dos sete poços de água que tiveram amostras analisadas pelo governo, no poço usado em Juazeiro foi detectada contaminação por urânio quase cinco vezes acima dos limites mínimos permitidos pelas leis federais. A denúncia foi feita pela organização ambientalista Greenpeace.