sexta-feira, 17 de abril de 2009

População de Caetité participa de atos contra expansão do programa nuclear brasileiro

Ainda no calor da aprovação da expansão do programa nuclear brasileiro através da implantação da usina nuclear Angra 3, representantes das comunidades impactadas pela mina de urânio, Comissão Paroquial do Meio Ambiente, Comissão Pastoral da Terra, Associação Movimento Paulo Jackson, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Caetité, no sudoeste do estado, participaram em Salvador de ato contra a expansão do uso de tecnologias nucleares no Brasil bem como da implantação de usinas nucleares na Bahia.

O evento contou também com a presença de ativistas, voluntários e simpatizantes da organização ambientalista Greenpeace.

No primeiro momento foi realizada uma audiência para apresentação de um Projeto de Lei municipal de autoria do vereador Carvalhau propondo rever o trajeto percorrido pelo Urânio oriundo da exploração da mina de Caetité rumo ao porto de Salvador, proibindo ainda a estadia do mesmo por determinado tempo nas dependências do porto que não oferece condições mínimas e necessárias para permanência de material com alto teor de radiatividade e risco como é o caso do urânio. Além de fiscalizar o uso e destino de todo material que contenha substâncias radioativas.

A ausência no evento de grande número de vereadores é um indicativo do grau de dificuldade para aprovação do projeto, aponta o autor que diz ainda ser necessária a participação da sociedade para a realização do debate e consequentemente formação da opinião pública. "Será que é preciso acontecer um desastre em Salvador a exemplo do Césio 137 de Goiânia no ano e 1987, considerado o pior acidente radiológico urbano na história, onde o contato da população com uma cápsula contendo césio 137 já provocou a morte de mais de 60 pessoas e com mais 6000 vítimas; basta lembrar também de Chernobyl e muitos outros para que se tenha clareza dos riscos do material radiativo em nosso município?" - Questiona Carvalhau.

MORADORES DENUNCIAM DESCASOS POR PARTE DA INB E INOPERANCIA DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS

Na última audiência pública realizada em Caetité ficou determinado que a INB arcasse com as despesas para realização de um estudo epidemiológico independente a fim de detectar se os graves problemas sanitários sofridos pela população têm alguma relação com a exploração de Urânio, além disso, a não concessão por parte dos órgãos fiscalizadores a novas licenças para exploração. Até o momento tudo que foi determinado na audiência não saiu do papel, os prazos determinados já venceram, nenhum estudo foi feito e a empresa continua operando como se nada tivesse acontecido.

Até quando a INB vai continuar operando com tamanho desrespeito perante a população e até quando os órgãos públicos continuarão omissos? É uma pergunta feita com freqüência nas comunidades do entorno da INB.

Passados dez anos de lavra na mina de Caetité, a empresa continua funcionando sem cumprir uma série de condicionantes, com isso, a população que sonhava com as promessas de melhoria em suas vidas, com a geração de empregos, economia e renda sofre com os descasos e até ameaças por parte de integrantes da empresa. Os problemas giram em torno da falta de água, falta de monitoramento da saúde. As comunidades não tem acesso as informações, sobretudo da análise da água que consomem e o que é pior cada dia a comunidade de Gameleira (a 800 metros da mina) respira a poeira oriunda das explosões na mina e sentem suas casas balançarem todos os dias durante as explosões na mina que ocorrem diariamente nos horário de meio dia e no final da tarde.

Foi através da denúncia do Greenpeace divulgada no relatório "O ciclo do perigo" que se descobriu poços que vinham sendo utilizados pela população estavam contaminados. Foi em abril de 2008 quando uma equipe do Greenpeace coletou diversas amostras de água para consumo humano e animal e sedimentos no entorno da mineração de urânio da INB. A coleta de amostras foi realizada em localidades compreendidas em um raio de 20 quilômetros - área de influência direta da mina conforme definido no Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/ Rima) do empreendimento.

As amostras foram encaminhadas a um laboratório independente credenciado no Reino Unido para a realização de análises. Os resultados dessas análises preliminares mostraram que pelo menos duas amostras de água utilizadas para consumo humano apresentaram contaminação por urânio muito acima dos limites máximos permitidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e da legislação brasileira do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). Uma das amostras de água foi coletada de um poço artesiano a cerca de oito quilômetros da mina e apresentou concentrações de urânio sete vezes maiores do que os limites máximos indicados pela OMS e cinco vezes maiores do que os especificados pelo Conama. A outra amostra que apresentou indícios de contaminação foi coletada de uma torneira que bombeia água de poços artesianos da área de influência direta do empreendimento da INB. Os índices de urânio contidos nessa amostra de água eram o dobro do limite estabelecido pela OMS e acima do índice Conama. Esses resultados comprovam que há contaminação por urânio na água usada para consumo humano na área de influência direta da mineração da INB em Caetité.

Mais tarde, através de análises feitas pelo IMA - Instituto de Meio Ambiente, órgão ligado ao governo do Estado, os resultados apresentados pelo Greenpeace foram confirmados. Ainda hoje a empresa INB divulga não ter água contaminada, no entanto os poços estão lacrados, proibidos de serem usados e a população sofrendo com o descaso da falta de água.

OUTROS ESTADOS SOMAM A LUTA

Preocupados com a expansão do programa nuclear do Governo Federal e a possibilidade de implantação de uma usina no estado de Sergipe, o deputado estadual Prof. Wanderlê tem somado a luta lançando a frente "A favor da vida, usina nuclear não". Neste sentido o mesmo tem dialogado com a população de Caetité a fim de conhecer os problemas que já ocorrem com a exploração do minério que é onde inicia todo o ciclo da energia nuclear além de propor a utilização de fontes renováveis de energia.

Fonte: CPT-BA

VEM AÍ OS JOGOS ESCOLARES DA BAHIA 2009

A DIREC-24 iniciou no dia 01/04/2009, o processo de mobilização da comunidade escolar em relação aos JOGOS ESCOLARES DA BAHIA 2009.

Foram realizadas reuniões com a participação de representantes das escolas estaduais e municipais, alem de representantes das Divisões de Esportes dos 10 municípios da jurisdição.

No ano de 2008, esse projeto, idealizado pela Governo de Estado, permitiu a inclusão, o desenvolvimento da cidadania e da corporeidade dos alunos da rede pública estadual. Nesse ano, os Jogos foram ampliados e, a grande novidade, será a participação das Escolas da Rede Municipal de Ensino.

Os Jogos ocorrerão em 05 etapas, a saber: escolar, municipal, regional, regional integrado e final. Caetité sediará a Etapa Regional e o Regional Integrado, graças ao trabalho da DIREC-24 que conseguiu, junto à SEC, o direito de sediar a penúltima etapa, anteriormente realizada em Vitória da Conquista.

Fonte: Direc 24

Nomeado novo delegado de polícia para Caetité

O Diário Oficial do Estado da Bahia desta sexta-feira (17) traz a nomeação do Bel. Wagner Marinho Pinto para o cargo de Delegado Titular da Polícia Civil no município de Caetité.

O Bel. Wagner Marinho é Delegado de Polícia da Secretaria da Segurança Pública da Bahia.

Leia a matéria completa no Diário Oficial da Bahia.

Silvano Silva

DRT-BA: 4393