sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Análises asseguram: as águas de Caetité não estão contaminadas por urânio, diz nota da INB

Em novas pesquisas realizadas na primeira quinzena de 2009, o Instituto de Gestão das Águas e Clima do Estado da Bahia (Ingá) constatou o que as Industrias Nucleares do Brasil já haviam informado: as águas dos poços situados no entorno do complexo mínero-industrial da empresa, em Caetité (BA), não contem urânio nem apresentam contaminação radioativa pelo mineral.

“É importante que o Ingá, órgão responsável pela gestão das águas naquele Estado, venha corroborar as informações que já havíamos divulgado, ou seja, que a operação de mineração de urânio em Caetité não causa impacto ao meio ambiente. Essas novas análises trazem ainda mais tranquilidade às populações e demonstram a seriedade com que fazemos o monitoramento das águas, do solo e do ar na região”, afirmou o assessor da presidência da INB, Luiz Filipe da Silva.

A nova pesquisa do Ingá resultou de coletas realizadas em seis pontos: quatro indicados em outubro passado e mais dois, apontados posteriormente pela população local como muito utilizados. Essa nova pesquisa incluiu a torneira pública de Juazeiro, a barragem de Águas Claras, a barragem do povoado de Buracão, o poço de captação de água para abastecimento do povoado de São Timóteo, a Lagoa de São Timóteo e o Poço do João Criolo.

Em nenhum dos seis pontos foi detectado urânio ou radioatividade acima dos padrões permitidos pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente e pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).

As afirmativas estão na nota divulgada no dia 21 de janeiro (quarta-feira), onde o coordenador de Monitoramento do Ingá Eduardo Topázio, informou que, além dos monitoramentos constantes que o Instituto passou a realizar, foram também incluídos alguns pontos da região de Caetité para cadastro e controle permanente, permitindo uma avaliação sempre mais precisa e inteiramente segura da qualidade da água subterrânea.

fonte:portalfator

Religiosos discutem no Fórum Social questões ambientais

Cerca de mil religiosos e líderes comunitários participaram hoje (22) do primeiro dia de debates do 3º Fórum Mundial de Teologia e Libertação, na Fundação Cultural Tancredo Neves, em Belém (PA). As benzedeiras do Centro Ecumênico de Estudos Biblícos do Pará receberam os partipantes do fórum com água cheirosa da amazônia.

"Nós acreditamos que essas ervas trazem uma energia muito boa. E a nossa expectativa é que todos os povos aqui reunidos, para discutir problemas sérios de suas comunidades, tenham força para encontrar boas soluções", afirma a benzedeira Mary Cândida.

O teólogo Leonardo Boff abriu o ciclo de palestras falando sobre o tema geral do encontro: Água, Terra e Teologia. Para Boff, o mundo chegou a um ponto de colapso que pode ser considerado terminal.

"Já ultrapassamos o limite na exploração da natureza. Precisamos agora aproveitar esse fórum e o Fórum Social Mundial, na próxima semana, para ouvir as comunidades tradicionais, os povos indígenas da Amazônia, e aprender com eles a ter uma melhor relação com a natureza", destacou o teólogo, que defendeu a agregação da Carta da Terra à Declaração Universal de Direitos Humanos, no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU).

"Ou mudamos nosso modo de produção agora, ou vamos enfrentar enormes tragédias coletivas em pouco tempo. Entre elas, a escassez de água. O mundo deverá adotar o socialismo não por ideologia, mas por necessidade de dividir o que possui para que a vida continue possível na Terra", disse.

O Fórum Mundial de Teologia e Libertação segue até o próximo domingo (25). Um dos principais temas em debate até lá será a interação entre religiosos e as comunidades indígenas. A assessora do Conselho Mundial de Igrejas María Chavez Quispe destacou hoje as boas iniciativas em curso, mas defendeu o respeito à cultura indígena.

"O cristianismo não pode se sobrepor à identidade indígena. Historicamente a relação foi de dominação. As igrejas não podem seguir nesse caminho", alertou María, que é boliviana e pertence ao povo Aymará, mesma comunidade do presidente Evo Morales.

"Estamos na expectativa pela aprovação da Nova Constituição, no próximo domingo. É um documento que vai reafirmar nossos direitos. Espero que durante o Fórum Social Mundial possamos festejar essa conquista. Certamente aqui será um espaço de fortalecimento dos laços que unem as comunidade indígenas da América Latina", afirmou.

Fonte: Agência Brasil

Amavale reúne prefeitos na cidade de Caetité

O grande desafio do novo gestor que assumiu este mês de janeiro é dar continuidade ao que já vem sendo feito de bom nas prefeituras. E o que está equivocado, errado, mudar para melhor. E esse desafio é no sentido de enfrentar uma situação concreta: conciliar demanda popular, porque a prefeitura é o único dos três entes públicos do Brasil (União, Estado e municípios) que está junto ao cidadão. Há um ditado que diz que o cidadão nasce, vive e morre no município.
Então o cotidiano do cidadão está ligado intrinsecamente à prefeitura. Ele visualiza, consegue detectar de uma maneira mais concreta e efetiva o que é prefeitura. Estados e União são entes mais abstratos, mais distantes. A vida pública existe para o embate e busca permanente do interesse coletivo. O poder político nasce das necessidades e carências de um povo. O cidadão que vai ter acesso à prefeitura busca melhor saúde, educação, segurança, transporte.
Compete aos prefeitos dar integral atenção aos problemas de suas comunidades, e que certamente não são poucos. A questão da saúde deve receber tratamento prioritário na maioria dos municípios. Mas as carências são muitas e estão interligadas, a começar pelo saneamento básico e pela educação que são fatores de boas e más condições de saúde.
A Associação dos Municípios da Serra Geral e Vale do São Francisco (Amavale) em parceria com a UPB vão realizar um encontro com prefeitos hoje, a partir das 8h no Cine Teatro Anísio Teixeira, no município de Caetité para orientar os novos gestores.
Para atacar em várias frentes, como é necessário, os prefeitos devem concentrar o foco de suas ações nas contas públicas. E só faz uma gestão eficiente quem consegue gastar menos do que arrecada. Austeridade, portanto, é a palavra-chave para quem pretende administrar bem em tempo de dificuldade. Os postos de Saúde eram do Inamps (antigo Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social) ou eram do governo do Estado. E hoje é o inverso: qual é a saúde que não é fornecida pela prefeitura? O remédio, o médico, está tudo ali junto à prefeitura, o município assumiu. E aí o que aconteceu? O Brasil nos últimos anos passou para a prefeitura a saúde e não passou os recursos de uma maneira equânime.
E isso acontece em todas as áreas: habitação, transporte e merenda escolar, saneamento. Então o desafio é conciliar a demanda do cidadão com o que a prefeitura pode fazer, sempre voltando na questão de arrecadação: sem financiamento não consegue fazer nada.

Fonte: iguanambi