Informamos a comunidade local e regional sobre a criação da Comissão Paroquial e Territorial do Meio Ambiente, que tem por finalidade esclarecer; tirar dúvidas e acompanhar a atuação das Mineradoras em Caetité e nos demais municípios que possuem riquezas minerais.
É importante que todos saibam que esta comissão é constituída por voluntários e interessados nas questões sócio-ambientais. A mesma não tem fins lucrativos, tão pouco interesses pessoais, bem como tendências ideológicas e partidárias, ela emergiu dos problemas sociais e ambientais provocados pelos impactos causados pelas mineradoras, especificamente, da extração do Urânio e do Minério de Ferro. Esclarecemos também que esta comissão não faz parte da ONG "Greenpeace" e não é contra o desenvolvimento econômico das Indústrias Nucleares do Brasil e do progresso local.
Não podemos deixar de reconhecer que apesar das atitudes consideradas alarmistas desta ONG, ela trouxe a tona dados concretos da realidade sobre o perigo que as comunidades estão expostas e informações oriundas do relatório "Ciclo do perigo", até então não reveladas.
Almejamos simplesmente que qualquer mineradora que venha ou que já tenha se instalado, cumpra com as leis de responsabilidade social e ambiental, leis estas que asseguram o bem estar da população, principalmente, daqueles que moram no entorno das minas. Além do que existe uma preocupação com o "futuro" desta região no que diz respeito à desativação das mineradoras, deixando as pessoas com doenças físicas e psicológicas; o meio ambiente degradado e muita pobreza econômica. Será este o futuro que queremos para os nossos filhos? É esta a natureza saudável que está reservada para Caetité e demais regiões?
Diante de uma situação desconfortável e discriminatória que se encontra Caetité e entorno, reconhecemos a inexistência e a necessidade de uma investigação científica para conhecimento e conscientização acerca da problemática, pois falta transparência nas informações, gerando insegurança e desconfiança, conforme cita a Carta Magna de 1988 em seu artigo 37, que assegura o direito de informação a todos, caso contrário, isto se constitui como uma atitude antidemocrática.
Percebemos a fragilidade dos habitantes no trato destas questões, entretanto não existe um estudo epidemiológico sobre as principais doenças que afetam os trabalhadores das minas e da população em geral. A exemplo disso, não existe ainda nenhuma estatística sobre os casos de câncer e outras doenças provocadas pela radiação do urânio e de outros minerais, pois segundo depoimentos os atestados de óbitos não revelam a causa de qualquer doença, registram como "causa desconhecida".
Diante destas considerações devemos acreditar em uma realidade prejudicada em detrimento do progresso e que está diante de nossos olhos e diante de Deus ou acreditar em dados que estão mascarados por interesses capitalistas?
fonte:educadorasantana
