quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Setor mineral atrai US 1,5 bi

A Bahia caminha para se tornar o terceiro maior produtor de minério de ferro do País. A posição deve ser atingida a partir do segundo semestre de 2011, quando entra em operação o Projeto Pedra de Ferro, da Bahia Mineração. A companhia acerta os detalhes finais para extrair e beneficiar o insumo no município de Caetité, localizado a 757 km de Salvador. A Bahia Mineração pretende iniciar as obras no município no último trimestre deste ano.



O vice-presidente da empresa, Clovis Torres, afirma que, na fase de implantação, o Projeto Pedra de Ferro deve gerar cerca de oito mil empregos, entre diretos e indiretos. A Bahia Mineração trabalha com a perspectiva de investimento de US 1,5 bilhão. Torres afirma que a construção da Ferrovia Oeste-Leste deve ser estratégica para o projeto, pois é pensada como vetor de escoamento da produção obtida nas jazidas caetitenses. Porém, caso a ferrovia não saia do papel, a empresa tem um plano B, que consiste num mineroduto ligando Caetité a Ilhéus, orçado em pelo menos US 1 bilhão, o que elevaria o orçamento do projeto para US 2,5 bilhões.



Consta dos planos da empresa construir um porto, vizinho ao futuro Porto Sul, em Ilhéus, para o escoamento da produção. O equipamento foi planejado para localizar-se a 2,5 km da costa, a fim de assegurar uma profundidade de 19 metros, para que navios de maior porte possam fazer operações de carga e descarga na unidade.



MINÉRIO - Torres explica que a concentração de minério de ferro nas jazidas de Caetité chega a 42%, contra picos de 68% em minérios de qualidade superior. Apesar da baixa concentração, as jazidas localizadas no município são promissoras, tendo em vista o processo de beneficiamento do material, efetivado à base de água. Através do processo, é possível nivelar o minério de Caetité ao conferido nas jazidas de maior qualidade. A previsão da empresa é extrair cerca de 25 milhões de toneladas do insumo ao ano.



O impacto econômico do Projeto Pedra de Ferro deve abranger pelo menos quatro municípios diretamente - Caetité, Ilhéus, Malhada e Guanambi. A perspectiva, quando da fase de operação, é de gerar, pelo menos, 1,3 mil empregos diretos. Torres, da Bahia Mineração, afirma que, em 2011, quando a estrutura deve entrar em operação, os efeitos mais perversos da crise mundial deverão estar dissipados. O controle da Bahia Mineração é dividido em partes iguais entre a Eurasian Natural Resources Corporation e a Zamin Ferrous, ambas com ampla atuação no mercado de extração mineral.

fonte:atarde