quinta-feira, 30 de abril de 2009

Gripe suína beira a pandemia, mas bolsas sobem no mundo

São Paulo, 30 de Abril de 2009 - A Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou ontem para o grau 5 seu nível de alerta para a gripe suína, o que significa que o mundo está sob o risco iminente de uma pandemia do vírus da doença. Ao anunciar a medida em Genebra, na Suíça, a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, disse que, apesar dos riscos ,o mundo está mais preparado que nunca para enfrentar a situação.

Em Brasília, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, admitiu que a gripe suína deve chegar ao Brasil e, apesar do segundo aumento do nível de alerta de transmissão da doença em menos de 48 horas, afirmou que não há motivo para pânico. Duas pessoas, uma em São Paulo e outra em Minas Gerais, estão sendo medicadas contra a doença e outras 36 com suspeita de terem contraído a moléstia estão sendo monitoradas em 11 estados. Temporão explicou que foram adquiridos 12,5 mil kits de tratamento para uso imediato.

Nos Estados Unidos, foram suspensas as aulas em pelo menos 100 escolas, após a confirmação da morte de uma criança mexicana, no estado do Texas.

Na capital do México, cerca de 25% das atividades foram paralisadas, pois o governo quer evitar a concentração de pessoas para deter a disseminação da doença. Segundo análise de economistas, o Produto Interno Bruto (PIB) mexicano devera cair entre 3,8% e 4,8% em 2009, em consequência da epidemia, que se somou à drástica recessão que já afetava o país.

Apesar dos novos casos da doença e do alerta da OMS, o otimismo voltou a tomar conta das principais bolsas internacionais. Nos Estados Unidos, embaladas por resultados corporativos acima do esperado, o índice Dow Jones registrou valorização de 2,11%; o S&P 500 ganhou 2,16%; e o Nasdaq, alta de 2,28%.

Na Ásia, Xangai e Tóquio subiram mais de 2%. Na Europa, Londres, Milão e Frankfurt tiveram altas similares. A bolsa brasileira seguiu o movimento e teve valorização de 3,07%, aos 47.226 pontos. Foi a maior pontuação desde 1 de outubro de 2008, quando o Ibovespa marcava 49.799 pontos.

A11, A12, A13, B2 e B4(Gazeta Mercantil/1ª Página - Pág. 1)(Redação e agências internacionais)



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